domingo, 22 de abril de 2012

The Missing Piece

Como pode? Encontro uma peça do quebra cabeça e outras tantas brilham para serem encaixadas. Uma após a outra.

É a peça perdida, que prendia um jogo todo.

É o 7 que faltava para poder construir uma canastra real.

É mais uma bebida purpura. Mais uma epifania. Mais uma vez que esqueço de trancar a porta.

"O mundo é simples" eles gritam.
"Todo problema é resolvivel" eles repetem.

É incrivel quando nos damos conta das mais básicas informações no meio de uma conversa com uma pessoa que conhecemos a dois meses.

É incrivel como isso resolve pouco mas resolve quase tudo.

Um caos apagado e organizado. E outras vontades e desejos que nunca vão mudar.

{you're not confused anymore, but still a human, after all, hum?}

Sem juntar todo o bar hoje. Uma bebida purpura simbolica.

Parece até que as poucas cores que vejo estão se tornando cores das quais só posso escutar o nome, sem saber a "forma".

{Thank you}

Já que estraguei a brincadeira, vou lógo apagando o assunto sobre o personagem. As vezes eles precisam mudar, mas quem está por trás da mascara nunca vai se esconder pra sempre.

{talk about yourself}

Sei lá, o que for pra ser será. De resto: diversão.

{that'a boy, kid}

Só espero que essa epifania dure mais do que um domingo. Só espero que o próximo cansaço não venha acompanhado de um novo caos.

{and me? I just hope we can keep our insomnia}

That'a boy Sharla.

Cloud Head

Houve uma época em que eu perdia o sono por pensar demais. Isso me matava. Minha cabeça pesava, os problemas giravam eu não conseguia me concentrar em um problema de cada vez para resolver. Era um caos.

O que fiz para resolver? O que sempre faço: substituição de costume.

Passei a assimilar o tempo sem sono como um aproveitamento de tempo. Promovi na minha cabeça um ódio pelo sono, pelo cansaço. Me fiz sentir culpa de estar cansado.

E assim foquei até o que sou hoje.

Agora eu tenho insônia. Não consigo dormir até ser a última opção.

Vale destacar aqui a diferença entre estar cansado e estar exausto.

Eu AMO estar exausto. O cérebro já nem se preocupa em funcionar direito. Não tenho chance de pensar nos problemas pois não estou com vontade de pensar em nada.

Agora sono, cansado, aí sim. O corpo pouco reage, mas a cabeça esta a mil. Não posso me ocupar então ela domina. Me lembra de tudo que fiz no último SÉCULO e me faz lembrar de todos os detalhes que não significaram nada do último dia, mês, ano.

Mas ai vem a mágica. Não significaram nada, mas incomodam o bastante. Tudo o que deixei de fazer eu poderia ter feito, mas tudo que fiz, eu fiz errado. Tudo o que deixei de dizer poderia ter dito, mas tudo o que disse, eu não deveria ter dito.

Pra que tudo isso? Foi a maldição que botei em mim. Removi os pensamentos que me tiravam o sono, treinei o cérebro para bloquea-los. Mas quando só o cérebro funciona, eles giram livres pela minha cabeça. Acumulados. Apressados. Me incomodam, me deixam tonto.

...(começando a perder o foco)...

Todas as noites chego em casa e fico sem sono por pura indução de que o sono é vergonhoso. Sou carregado por isso até altas horas quando já estou exausto e caio na cama.

Já em dias em que chego cansado, eu deveria estar orgulhoso de ter tido um dia cheio. Mas não, eu me sinto culpado.

Agora entendo o porquê. Impressionante como as coisas são, não?

A vida não é cheia de problemas como parece. O meu problema é assimilar todos os problemas em um quando estou cansado. Tudo que é pequeno vira grande, e tudo que é grande fica enorme.

E, é claro, o enorme fica impossível de aguentar.

...(cabeça leve)...

Tudo é resolvivel. Não necessáriamente para o bem, mas para o necessário.

...(as coisas são muito mais fáceis de se entender, quando se pensa nelas)...

{Pode parecer óbvio, mas não é. Se fosse, mais pessoas pensariam, e mais coisas seriam entendidas}

It's the problem...

It's the cold....

It's the food...

It makes sense...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A joker, After All

 How terribly sad it was that people are made in such a way that they get used to something as extraordinary as living.

Apago as brasas do fotolog e (re)acendo uma nova fogueira: blog.

Tudo muito limpo, tudo muito simples. Mas decidir um foco é sempre uma coisa importante.

Deveria seguir com a estratégia do fotolog? Escrevendo pensamentos corriqueiros e ocasionais epifanias e revoltas?

Deveria seguir com a estratégia do antigo Revomadness? Escrevendo textos artificiais e incrivelmente pseudo-intelectuais?

Deveria seguir com a estratégia do Fantasy Within? Com textos épicos e um diário?

Não, não e não.

Ou melhor: sim, sim e sim.

E digo mais: mais ou menos, mais ou menos e mais ou menos.

Esse é o meu (novo/velho) espaço, o que me da liberdade de juntar tudo e fazer daqui, novamente, um lar. E para me acomodar, é preciso pensar o que fica melhor em cada lugar.

Não quero um diário, pois, assim, um dia de tédio renderia um post entediante.
Não quero um canto filosófico, pois pouco do que penso se enquadra em filosofia. Esta mais para "devaneios".

Ok. O ponto foi entendido. Certo?

Vou deixar de rodeios e falar lógo o que quero: escrever.

Venha o que vier, sirva a quem servir, só quero exercitar os dedos e a mente. As vezes com pensamentos completos, as vezes cortados, mas sempre tentando seguir uma linha.

Esse blog será de registros. Do que passei, do que pensei, do que imaginei, do que sonhei.

Um diário, então? Pessoal e, as vezes irreal? Ta certo, me rendo ao termo. É um diário, que entra nesse blog para encerrar e recomeçar conflitos e dúvidas comigo mesmo. Como quando é descartado um Coringa em meio à uma partida de canastra: pode ser utilizado ou não? Isso foi definido nas regras? Por que foi descartado? A mão do jogador é boa demais? Ele esta com a corda no pescoço ou eu estou?

Um Coringa é, afinal, o que Sharla sempre me foi. A carta diferente, que ilumina e aterroriza. Importante em certos momentos, mas ilegal (ou "inútil") em outros.

Que seja esse (blog) um Diário de Sharla. O Diário do Coringa. (que acha para um nome bacana que sempre desejou dar ao blog?)

Arrivederci!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

11/03/2011 - Night


Sempre chove quando vou de moto ao trabalho.


Chegar em casa ontem foi o cúmulo. Chuva em POA e eu de moto no centro. Comprei uma capa de
chuva por 5,00 na frente do Mercado Publico para tentar ajudar. Pelo preço eu já imaginei que
teriam a qualidade de sacolas de supermercado do Nacional grudadas. Passei perto: eram do zafari (transparentes).
Me enrolei naquela coisa, já rasgando pedaços na tentativa. E me fui para o ap da minha vó. Lugar onde, diga-se de passagem,
estou levando uma vida junkie, já que estou a semana sozinho por lá. Já imagino um pouco como será morar sozinho.

Enfim, a cada parada de sinaleira, a agua escorria pelas minhas pernas. Já que a capa acabava no joelho. Mas estou
exagerando. Ela ajudou, do joelho pra cima eu estava seco. Meus pobres tenis reclamaram da injustiça, mas parei de ouvir meus pés
desde a época em que fui para o quartel.

Chegando em casa, a capa já foi para o lixo, se esmigalhou quando tentei tirá-la. Queria um banho mas precisava descer ao apartamento
do meu tio-avô para ajustar o roteador wireless na internet dele e a liberar para meu notebook no andar de cima.

Coisa simples, na teoria. Mas a teoria é sempre bela e utópica. A realidade é cruel.

Passei mais de uma hora tentando, tudo dava certo no início mas ao salvar, a internet caia sempre e eu precisava reiniciar.
Finalmente desisti. Não sou muito disso mas estava cansado, com fome e precisando de um banho, e fazer o trabalho de Arte. Talvez tivesse
tentado mais se o cheiro de pizza que eu não sabia de onde vinha fosse um pouco menos delicioso.

Ao chegar na sala e me despedir do meu meio-parente, descobri a origem do cheio. Tia Gelsi a fez e me ofereceu uma outra pizza, congelada.
Aceitei sem pensar duas vezes. Eventualmente, vendo House deitado na sala e comendo, descobri pela caixa que estava vencida a um mês e meio.
Whatever, ainda estou vivo no dia seguinte (se eu parar de postar, informem os legistas).

Subindo para o lar adotivo, acabei por baixar o livro que o professor insistiu que não poderia disponibilizar no xerox pelos direitos autorais
(felizmente ele esqueceu de avisar aos bons moços da internet), fiz meu trabalho e descobri que a wireless não roda na sala. Choraria se não fosse
meu último dia de solidão. Meus avos já devem estar de volta então me isolarei no quarto durante as noites.

Penso ainda se devo assinar internet apenas ou Net junto, ver Law & Order e House é legal, mas vale o investimento?

Por fim, peguei no sono no sofá mesmo. A barriga cheia de pizza vencida e a cabeça no último mistério que o Médico cinico e genial, que passei a me
interessar não fazem dois meses, estava resolvendo. Fui acordado ainda pelas 23:30 pela gatinha, querendo saber como eu estava após chuva e trabalho.
Eu ia ligar para ela mais tarde, conexão de pensamentos é lindo. Após uma boa conversa desliguei sentindo saudades e vi o resto de Scrubs (House havia terminado).
Pulei o banho e fui dormir. Bem porco e bem cansado.

Arrivederci!




Postado, originalmente, em 11/03/2011 no blog Fantasy Within.

11/03/2011


Com quantas mulas se abre uma imobiliária?


Odeio imobiliárias. Odeio do fundo do meu coração. Elas querem receber por acaso?

Pensem comigo: não abrindo no horário de almoço e nem aos sábados. Como alguém empregado (e assume-se que eles queiram alugar para pessoas que ganhem dinheiro) pode ver o apartamento ou ao menos ter tempo para FALAR com eles? E pra piorar, mesmo vendo e adorando o apartamento, eles não dão preferência, não reservam, se não tiver metade da papelada já pronta. E o que dizer da comunicação. Eu mando e-mail perguntando 6 coisas, me respondem duas.

Fico com a impressão que é uma selva. Que vença (ou melhor: alugue) o melhor, o mais rapido. Preciso, portanto, preencher papelada e autentificar cópias de coisas em Lajeado, a 120 km de POA, no final de semana para segunda feira ter sorte de ser o primeiro interessado a chegar lá e entregar tudo. Lucky me.

Mas a vida é uma correria. Vamos, então, correr.


Arrivederci!




Postado, originalmente, em 11/03/2011 no blog Fantasy Within.

10/03/2011 Revisited


"As it turned out, it was nothing much"



Eu atrapalhei o sono e isso, com razão, a irritou. Eu cheguei a cogitar essa hipótese? Parece simples demais para eu te-lo feito.

Basicamente a cabeça se encontra mais leve do que nunca. Não compreendo como consigo pensar em tudo menos no obvio. Sigo afirmando que me falta tanto. Ela apenas queria dormir. 

Dormir. Vontade natural do ser humano.
Irritar. Habilidade natural minha.

E mudando de saco pra mala: achei o meu ap. Depois de morar em lajeado, morar no quartel, morar com a namorada na Guilherme Alves, frente ao Bourbon Ipiranga, morar com a ex na Vicente da Fontoura, esquina do Zafari Ipiranga, morar com os avos no Moinhos de Vento/Felix da Cunha. Agora, meu proximo destino é a Duque de Caxias: centro.

É a uma quadra da namorada, mas não é tudo. É grande, é bem localizado, posso pagar ajudando minha mãe.

Vai valer a pena, sei que vai.




Postado, originalmente, em 10/03/2011 no blog Fantasy Within.